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Réus acusados de homicídio e formação de quadrilha em Itapipoca serão julgados nesta quinta

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A 1ª Vara do Júri de Fortaleza levará a julgamento, nesta quinta-feira (19/09), às 14h, os réus Francisco Talvane Teixeira, Antônio Edísio Pires e José Wellington Oliveira Braga, acusados de serem os responsáveis pela morte de Francisco Martins Soares, no Município de Itapipoca, em 2007. A motivação do crime, segundo o Ministério Público do Ceará (MP/CE), foi a disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.

De acordo com a acusação, Francisco Talvane era o líder de uma organização criminosa que comandava a distribuição de drogas no município, distante 147 Km de Fortaleza. Francisco Martins, conhecido como “Chiquinho”, fazia parte da quadrilha, sendo responsável por transportar cocaína de São Paulo para o Interior do Ceará.

A denúncia afirma que a vítima começou a vender a droga por conta própria, iniciando então a desavença com Talvane que, por isso, teria ordenado a execução do antigo comparsa.

No dia 8 de janeiro de 2007, por volta das 22h, “Chiquinho” estava no centro de Itapipoca, quando foi surpreendido por dois homens em uma moto, que efetuaram vários disparos e fugiram em seguida. Segundo a acusação, José Wellington seria o autor dos tiros, enquanto Antônio Edísio conduzia a moto.

Depoimentos de testemunhas e escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram o envolvimento dos réus no crime. O processo, que inicialmente tramitava na 1ª Vara da Comarca de Itapipoca, foi desaforado para Fortaleza, após decisão das Câmaras Reunidas do TJCE, como forma de “garantir a imparcialidade dos jurados e por necessidade de ordem pública”.

O julgamento será presidido pela juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, titular da unidade. A acusação será patrocinada pelo promotor de Justiça João Gualberto Feitosa Soares. Os réus serão julgados por homicídio com quatro qualificadoras (motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a execução de outro crime) e formação de quadrilha, combinados com concurso de pessoas (quando o crime é cometido por mais de um agente) e concurso material (quando o agente pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não). Todos negam participação nos crimes.

Francisco Talvane e Antônio Edísio estão presos na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo Viana, em Pacatuba, enquanto José Wellington está detido na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Luciano Andrade Lima (CPPL 1), em Itaitinga. Eles terão as defesas patrocinadas, respectivamente, pelos advogados Paulo Cauby Batista Lima e José Alexandre Dantas e pelo defensor público Aldemar Monteiro Silva Neto.