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Réu capturado após 20 anos vai a Júri Popular

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Depois de quase 20 anos foragido, o réu Antônio Valter Fernandes, o “Dri”, vai a Júri Popular no próximo dia 25, no Fórum Clóvis Beviláqua. Ele é acusado de matar a pauladas Antônio Tárcio Rocha Marques, em novembro de 1989. O réu foi pronunciado em 1996, porém a polícia só conseguiu prendê-lo em fevereiro deste ano, motivo pelo qual a data do julgamento foi adiada diversas vezes pela 1ª Vara do Júri, de Fortaleza.
Relata o Ministério Público nos autos do processo que, na madrugada do dia 12 de novembro de 1989, a vítima estava com amigos em um bar, no bairro Parquelândia, quando o seu algoz, Valter, em companhia de José Ferreira de Sousa adentraram ao estabelecimento. Tárcio e Valter começaram uma discussão depois que este último pediu um cigarro ao primeiro, obtendo resposta negativa. Consta, ainda, na denúncia que Tárcio havia ameaçado matar Valter, caso ele não deixasse o local.
Devido à intervenção das outras pessoas, os ânimos foram acalmados e o réu se retirou do bar. Ocorre que, mais tarde, quando deixou o local, Tárcio encontrou-se com Valter, em via pública, oportunidade em que foi atacado a pauladas. A vítima ainda tentou fugir, mas caiu desfalecida.
Consta no depoimento de José Ferreira, testemunha ocular do crime, que depois da vítima cair ao solo, o agressor ainda se utilizou de uma pedra para golpear Tárcio, sacramentando a morte do mesmo. A versão, segundo o Ministério Público, foi confirmada pelo exame de corpo de delito, realizado pelo Instituto Médico Legal.
A defesa do réu comandada pelo advogado Francisco Abraão Freire chegou a solicitar o relaxamento da prisão preventiva do mesmo, mas o juiz titular da 1ª Vara do Júri, Mauro Liberato, negou o pedido, devido ao tempo em que o réu esteve foragido, não cooperando com o trabalho da Justiça. O promotor de justiça, Francisco Marques Lima, será o responsável pela acusação.