23.05.2009 Política Pág.: 04
Representação do Ministério Público motivou uma decisão judicial ordenando a busca e apreensão
Para cumprir uma decisão do juiz Haroldo Correia de Oliveira Máximo, do Tribunal Regional Eleitoral, nos autos de uma representação feita pelo Ministério Público Eleitoral, agentes da Polícia Federal e um funcionário da Justiça Eleitoral foram ontem à sede do PMDB cearense, em Fortaleza, buscar e apreender qualquer material de propaganda eleitoral que estaria sendo utilizada pelo deputado federal Eunício Oliveira, presidente do partido, pretenso candidato ao Senado da República, em 2010.
A certidão assinada pelo Oficial de Justiça ad hoc (pessoa que substitui o titular), no verso do mandado de busca e apreensão assinado pelo juiz Haroldo Máximo, afirma que, ´depois de realizar busca em todas as dependências daquele Diretório, nada foi encontrado. E às 08;45 horas concluímos referida busca àquele Diretório Partidário´, concluiu.
Repúdio
A direção nacional do PMDB, em nota encaminhada à redação do Diário do Nordeste´repudia a agressão perpetrada contra o Diretório Estadual do partido no Ceará, alvo de uma ação de busca e apreensão totalmente descabida, seja pela falta de motivos, seja pelo aparato de força utilizado. A imagem da sede de um partido político cercado pela Polícia Federal não se coaduna com a democracia em que vivemos´ e conclui reafirmando sua confiança no deputado Eunício Oliveira, ao tempo em que ´alerta contra a tentativa de criminalizar a política do País´.
Os policiais federais quando chegaram à sede do PMDB, ontem, na Avenida Senador Virgílio Távora, nº 318, 5º andar, foram atendidos pelo secretário geral da agremiação, João Melo, que estava no partido para alguns despachos. Os policiais olharam alguns armários mas nada foi encontrado, informou João Melo. Ele disse que entende o trabalho dos policiais que estavam cumprindo um mandado, mas ressaltou que não há propaganda antecipada e o partido não tem nada a ver com essa questão.
O nome de Eunício Oliveira vem sendo lembrado como candidato ao Senado desde as eleições de 2006. Na época ele chegou a pleitear o cargo, mas acabou cedendo para o candidato do PC do B, Inácio Arruda. No entanto, fechou um acordo para ser o candidato em 2010 com o apoio das mesmas forças políticas que elegeram Cid Gomes e Inácio Arruda.