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Juíza defende humanização de penas alternativas para viciados em drogas

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16.06.10
Representantes das entidades parceiras da Vara de Penas Alternativas do Fórum Clóvis Beviláqua participaram na tarde de hoje, quarta-feira (16/06), do V Encontro da Rede de Apoio ao Adicto Jurisdicional (ERAAJ). O evento, organizado pelo Núcleo de Justiça Terapêutica (NJT) da Vara de Penas Alternativas, teve como objetivo fortalecer o trabalho com os cumpridores de penas alternativas usuários de drogas.
O diretor interino do Fórum Clóvis Beviláqua, juiz José Krentel Ferreira Filho, abriu o ciclo de palestras. Em sua apresentação, o juiz chamou a atenção para a necessidade de o Poder Judiciário atuar nos problemas da sociedade. ?Nós somos a sociedade. Nós precisamos fazer alguma coisa. Se temos problemas, temos que tentar solucioná-los?, destacou.
A juíza titular da Vara de Penas Alternativas, Maria das Graças Almeida Quental, destacou que o atual modelo prisional já pode ser considerado fracassado e ressaltou a importância das penas alternativas. ?As penas alternativas humanizam o ser e fazem-no compreender a dimensão do que ele fez?, afirmou.
A assistente social do Centro de Atenção Psicossocial, Álcool e Drogas (Caps/AD), da Secretaria Executiva Regional I (SER I), Raquel Borges, festeja a parceria com a Vara de Penas Alternativas, explicando que é um trabalho de cooperação mútua. ?Recebemos tanto pessoas para a prestação de serviço, quanto para o tratamento?, observa. O Caps/AD atende a cerca de 300 pessoas por mês.
O encontro contou com palestras ministradas pela psicóloga Rani Félix, integrante da Coordenação Colegiada de Saúde Mental de Fortaleza; pela promotora Isabel Porto, membro da Promotoria de Saúde Pública; e dos servidores Kátia Simone e Elton Gurgel, da Vara de Penas Alternativas.
A Vara conta com cerca de 200 entidades parceiras, 25 das quais atuam no acolhimento de dependentes químicos e usuários de drogas. Para essas instituições, o NJT encaminha apenados que irão prestar serviço comunitário ou fazer tratamento químico. Segundo ele, esses encontros são importantes para fortalecer as ações realizadas em conjunto com esses parceiros.
Fonte: TJ/Ceará