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I Encontro Diálogos pela Paz reúne magistrados, gestores públicos e sociedade na Esmec

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O auditório da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec) ficou lotado na noite dessa quinta-feira (26/11) para o “I Encontro Diálogos pela Paz – Segurança e Cidadania”. Cerca de 500 pessoas participaram da abertura do evento, promovido pelo Fórum de Reconstrução Social. A programação, que é aberta ao público, prossegue nesta sexta, dia 27, até às 17h, e neste sábado, dia 28, das 9h às 11h30.
O diretor da Esmec, desembargador Paulo Ponte, deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre a importância do Encontro. “Ninguém pode fazer nada sozinho. É preciso dialogar para solucionar o problema da violência e a Escola está sempre aberta para tratar desse assunto”.
De acordo com o presidente do Fórum, Cláudio Justa, o objetivo do evento é convidar a população cearense para discutir temas como cidadania, segurança, sistema penitenciário e o próprio ser humano. Ele salientou que, ao final, serão elaboradas propostas a serem apresentadas ao Governo do Estado para contribuir com a pacificação social.
A juíza Luciana Teixeira de Souza, titular da 2ª Vara de Execução Penal de Fortaleza, integra a Comissão Executiva do Fórum de Reconstrução e também falou com o público. Ela acredita que o Encontro é “uma homenagem à democracia que queremos. Nosso diálogo é um diálogo de todos. Esperamos que esses dias sejam de grandes debates, novas e muitas ideias, surpresas e quebras de paradigmas. Críticas e propostas, inspirações diferentes sobre o que nos interessa a todos e que definimos como tema maior do nosso encontro: segurança e cidadania”.
Logo em seguida, o psicanalista Contardo Calligaris proferiu palestra sobre “Violência e Sociedade”. Ele fez uma análise histórica da violência no Brasil, que teve início ainda no período da colonização, e ressaltou a extrema crueldade física de alguns atos praticados. “O princípio do assaltante brasileiro é esperar você voltar pra casa para lhe enfiar uma arma na cara, entrar com você no apartamento e aí roubar. Essa violência física sobre o assaltado é parte decisiva no interesse que ele tem no assalto”, descreveu.
Calligaris afirmou que o “Judiciário é o poder em que a população confia para ver o Brasil mudar”. Depois ele conversou com o público sobre o tema da palestra. Ao final, houve coquetel e lançamento da Revista do Fórum de Reconstrução Social.
Magistrados, servidores, promotores de Justiça, defensores públicos, advogados, policiais, representantes do Executivo e Legislativo, profissionais da pedagogia, psicologia, e universitários estiveram entre os participantes.
A programação do evento está disponível no site www.forumdereconstrucaosocial.org. Entre os temas a serem debatidos estão “Violência, Mídia e Redes Sociais”; “Sistema Penitenciário Nacional”; e “Presidio na Cidade e a Cidade como Presídio”.
O Fórum de Reconstrução Social é uma associação de direito privado, sem fins lucrativos. É composto por representantes do Poder Judiciário, do Governo do Estado, de operadores do Direito e da sociedade civil organizada. A instituição tem como proposta ser referência na oferta de projetos, sugestões e críticas que venham a contribuir para uma sociedade mais justa.