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Homem que matou ex-companheira é condenado a quase trinta anos de prisão em Iguatu

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Menos de um ano após a morte de Maria Conceição Alves Freitas, o réu Suerlando Alves Vanderleis, ex-companheiro da vítima, foi condenado a 29 anos e 9 meses de prisão pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara Criminal de Iguatu. A sessão do júri ocorreu nesta quinta-feira (17/08), durante a 24ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, que prioriza o julgamento de processos envolvendo violência doméstica e feminicídios, e faz parte do esforço concentrado do Poder Judiciário cearense para agilizar casos de homicídios contra mulheres.

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual, na manhã do dia 12 de setembro de 2022, Suerlando Alves Vanderleis surpreendeu a ex-mulher quando ela estava em uma barraca de lanches em frente ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Iguatu, onde trabalhava. Maria da Conceição, conhecida como “Iranir”, foi atingida com golpes de faca nas costas e no pescoço, vindo a óbito no local.

Ainda conforme a denúncia, logo após o crime, o homem tentou fugir, mas foi perseguido por populares, que acionaram a polícia, “não sendo linchado pela população, pela pronta intervenção dos policiais que chegaram ao local e o conduziram para a Delegacia de Polícia para a lavratura do flagrante”.

Suerlando e Maria Conceição conviveram por aproximadamente três anos. No entanto, em razão dos maus tratos sofridos constantemente, a vítima decidiu romper o relacionamento e, meses depois, chegou a iniciar um novo namoro, fato que não era aceito pelo ex-companheiro, que tentava reatar de todas as formas. Por não conseguir êxito, o homem decidiu tirar a vida da ex-mulher.

De acordo com a sentença proferida pelo juiz Eduardo André Dantas Silva, responsável por presidir o julgamento, os jurados condenaram o réu por homicídio qualificado pelo motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo feminicídio. O Conselho de Sentença entendeu que o réu “tinha comportamento não só de ciúme possessivo, mas também manipulador e chantagista, além de manter a vítima em uma prisão emocional, não deixando-a conversar sequer com outros familiares. Além disso, o réu desenvolveu hábitos nefastos de alcoolismo e uso de substância altamente nociva como o crack”.

Preso provisoriamente desde a data do crime, Suerlando Alves Vanderleis foi condenado a 29 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.