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Exame criminológico do acusado de matar Alanis revela transtorno mental

Exame criminológico do acusado de matar Alanis revela transtorno mental

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O exame criminológico de Antônio Carlos dos Santos Xavier, condenado por estuprar uma criança de cinco anos em 2000 e acusado de sequestrar, estuprar e matar Alanis Maria Laurindo no início deste ano, revela que ele é ?portador de transtorno de personalidade antissocial? e apresenta indícios de periculosidade.
Realizado a pedido do juiz titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios, Luiz Bessa Neto, o exame também mostra que Antônio Carlos Xavier ?se considera um psicopata? e que afirma não ter tido ?auto-controle quando estava com a vítima? violentada no ano 2000.
Quanto ao crime cometido contra Alanis Maria Laurindo, Antônio Carlos afirmou que é inocente, ?tendo participação apenas na condução da criança ao local onde ocorreu o fato que vitimou a menina?. Ele também contou que, ultimamente, estava procurando emprego e que pretendia se casar com a namorada, por isso aceitou a proposta de sequestrar Alanis em troca de dinheiro.
Consta no relatório psicológico do exame a afirmação do réu que os anos de cadeia ?não significaram nada? e que, tão logo fugiu da Colônia Agropastoril do Amanari, ?voltou a vagar pelas ruas?.
A equipe multidisciplinar que realizou o exame criminológico, composta por assistente social, psicólogo e psiquiatra, também apurou que Antônio Carlos dos Santos Xavier foi violentado sexualmente por um vizinho aos seis anos de idade, o que lhe provocou trauma e revolta. Atualmente, ele diz que a ?vida não tem lógica e que pretende acabar com ela?.
De acordo com o juiz Luiz Bessa Neto, o resultado do exame criminológico foi enviado ao Ministério Público que pode solicitar a realização de uma avaliação psiquiátrica aprofundada. Esse novo exame pode converter a pena privativa de liberdade, que está sendo cumprida na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III), em medida de segurança. Isso significa que Antônio Carlos Xavier perderia definitivamente o direito à progressão de regime, ou seja, teria que cumprir toda a pena ? ou as penas somadas, caso seja condenado por outros crimes – em regime fechado.