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5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza ouve acusados de integrar suposto grupo de extermínio

Ouvir: 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza ouve acusados de integrar suposto grupo de extermínio

A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua ouviu, até as 17h desta sexta-feira (10/12), uma testemunha de defesa e dois acusados do assassinato de Gilberto Soares Duarte. Ainda devem ser feitos os interrogatórios de três acusados do crime.
Os primeiros interrogados foram o empresário Firmino Teles de Menezes e Sílvio Pereira do Vale Silva, o ?Pé de Pato?. Ainda vão prestar depoimentos o policial militar, Pedro Cláudio Duarte Pena, vulgo ?Cabo Pena?, Rogério do Carmo Abreu e Paulo César Lima de Sousa, conhecido como ?Paulão?.
A audiência, presidida pela juíza Valência Aquino, encerra a fase de instrução do processo que investiga o suposto grupo de extermínio responsável por quatro homicídios, todos ligados à Madeireira São Francisco, em Fortaleza.
Terminada a instrução, o Ministério Público (MP) estadual e os advogados de defesa apresentarão as alegações finais. Em seguida, a juíza decidirá se os réus irão ou não a júri popular. Os acusados respondem por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por impossibilidade de defesa da vítima, formação de quadrilha, crime hediondo, concurso de pessoas e concurso material.
Além da morte de Gilberto Soares, eles são acusados dos assassinatos de Francisco Tomé Filho, Carlos dos Santos Marques e Miguel Luiz Neto. Segundo denúncia do MP, os crimes foram motivados por disputa judicial entre Firmino Teles e Reinaldo Marinho, proprietário da Madeireira, por conta de uma sociedade desfeita.
Por meio de laudo pericial e da análise de conversas telefônicas, interceptadas com autorização judicial, o MP identificou a função de cada integrante do suposto grupo: Firmino Teles seria o mandante, Sílvio Pereira e Rogério do Carmo os executores, ?Cabo Pena? o articulador e arquiteto dos crimes e Paulo César teria o domínio das ações da quadrilha.
Os acusados estão presos, com exceção de Claudionor Ribeiro da Silva Alexandre, conhecido como ?Nono?, que está foragido.