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PM acusado de tentativa de homicídio contra turistas espanhóis será julgado nesta quarta-feira

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A 2ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, nesta quarta-feira (23/11), a partir das 8h, o policial militar Luiz Ary da Silva Barbosa Júnior. Ele é um dos acusados da tentativa de assassinato contra quatro pessoas, incluindo turistas da Espanha, em 2007.
As vítimas foram Marcelino Ruiz Campelo, Maria del Mar Santiago Almudever e Innocenzo Brancati (espanhóis) e a brasileira Denise Sales Campos Brancati. Eles tiveram o carro atingido por 22 disparos durante perseguição policial equivocada, na avenida Raul Barbosa, em Fortaleza, no dia 26 de setembro daquele ano.
O júri popular será presidido pelo magistrado Henrique Jorge Holanda Silveira, titular da Vara. A acusação será representada pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e pelo assistente Leandro Duarte Vasques. A defesa será patrocinada pelo defensor público Gelson Azevedo Rosa e pelo advogado Delano Cruz.
Outros quatro réus serão julgados no próximo mês de dezembro. Rinaldo Carmo Sousa, Francisco Edenildo de Lima e Francisco Emanuel Rodrigues Felipe (dia 5) e Antônio Eduardo Martins Maia (9). Todos respondem ao processo por tentativa de homicídio qualificado (uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas) combinado com concurso de pessoas.
Os policiais Marcelo Lima Alves e Francisco Eloy da Silva Neto também foram pronunciados, mas recorreram da decisão. Além disso, a Vara recebeu comunicado do falecimento de Francisco Elnias de Sousa, mas a unidade aguarda que o atestado de óbito seja anexado aos autos.
Outros dois acusados, Antônio Liberato Dias Neto e Marcos Antônio da Silva, foram impronunciados, por ausência de indícios de autoria. O Ministério Público (MP) do Ceará apelou dessa decisão ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
ENTENDA O CASO
Segundo o MP, por volta das 21h de 26 de setembro de 2007, as vítimas trafegavam no sentido Aeroporto-Aldeota, em uma caminhonete, quando foram alvejadas por disparos vindos de viaturas policiais que, naquele momento, faziam cerco no intuito de capturar acusados de roubar um caixa eletrônico.
Sem fazer abordagem, os policiais efetuaram diversos tiros, dos quais 22 atingiram o veículo. Innocenzo Brancati, que dirigia o carro, foi atingido no braço, e Marcelino Ruiz Campelo levou um tiro no ombro esquerdo. A bala se instalou na coluna ele ficou paraplégico.
Ainda segundo o Ministério Público, os disparos só cessaram quando a Denise Sales Campos Brancati resolveu sair do automóvel para demonstrar que não eram assaltantes.