Conteúdo da Notícia

Solto jovem confundido pela Polícia

Ouvir: Solto jovem confundido pela Polícia

21.04.2010 polícia
A Justiça determinou, ontem, a libertação do jovem Valdenízio Almeida de Paula, 23, que estava preso, há cerca de 15 dias, sob a acusação de ter participado da morte do policial rodoviário federal Harry Igor Lima Girão, no bairro Tauape. O crime ocorreu na tarde do último dia 7, quando a vítima seguia para sua residência depois de deixar a esposa, grávida, no hospital. Durante uma tentativa de assalto, Igor acabou sendo morto com um tiro de revólver.
No mesmo dia do assassinato, a Polícia prendeu Valdenízio sob a acusação de participação no crime. Ele chegou a ser reconhecido por cinco testemunhas e, por conta disso, foi autuado, em flagrante, no plantão do 34º DP (Centro). No dia seguinte, foi transferido para o 4º DP (Pio XII). Depois, passou pela Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) e, finalmente, foi recolhido na Casa de Privação Provisória da Liberdade (CPPL), Em Caucaia. Mas, no começo da tarde de ontem, Valdenízio foi solto.
O advogado dele, Aírton Amorim, explicou que a decisão de libertar seu constituinte foi tomada pelo juiz de Direito, Eduardo de Castro Neto, titular da Sexta Vara Criminal de Fortaleza, mas que está respondendo pela 16ª Vara Criminal, onde o processo tramita.
A libertação do acusado ocorreu depois que a própria Polícia Civil, através do 4º DP (Pio XII), descobriu que o verdadeiro acusado de envolvimento na morte do policial era outro homem, identificado como Rodolfo Natanael Vieira dos Santos, o ´Mesquita´, que já está na cadeia.
A confusão envolvendo as duas pessoas, segundo Aírton Amorim, deveu-se à semelhança física existente entre seu cliente e o verdadeiro acusado de atirar no policial. Valdenízio chegou a ser reconhecido por cinco pessoas que presenciaram o crime. Por coincidência, ele mora perto do local onde aconteceu o assalto e mais, ajudou a socorrer a vítima. Horas após o fato, a Polícia cercou a casa dele, na Rua Capitão Dark, e o prendeu em flagrante.
Ação
“Parabenizo o empenho da Polícia em esclarecer rapidamente o fato, mas isso não livra o Estado de suas responsabilidades. Ingressarei com ação contra o Estado, por danos morais contra o meu cliente, que passou 15 dias preso injustamente”, asseverou. O verdadeiro acusado, Rodolfo, já foi denunciado pelo Ministério Público. O juiz assinou o alvará de soltura em favor de Valdenízio e ordenou a exclusão dele do processo.