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Presidente da Cejai recebe conselheiros tutelares e representantes de abrigos de Fortaleza

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A presidente da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai/CE) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes, recebeu, nesta segunda-feira (27/06), conselheiros tutelares da Capital, representantes unidades de acolhimento e de órgãos da prefeitura de Fortaleza e do governo do Estado. O objetivo da reunião foi conhecer as dificuldades enfrentadas por cada um e debater propostas para fortalecer a rede que trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco ou abandono.
A magistrada explica que assumiu a Cejai em maio e quer conhecer a realidade de cada um. Além disso, pretende conscientizar os envolvidos de que é necessário investir no acompanhamento às famílias para evitar a ruptura dos laços. “Temos que fortalecer a família, que muitas vezes está sem moradia, sem condição financeira, ou emocionalmente desestruturada. Precisamos de assistentes sociais, psicólogos, pedagogos para fazer isso. Criança não tem que viver em abrigo, isso é a última coisa que se faz”, salienta.
No encontro, foram debatidas providências para adequar o acolhimento de urgência e emergência. Uma das medidas, segundo a advogada Mary Anne Nobre Costa, da Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), é a implantação de uma central de vagas, que vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h. Uma equipe será responsável por atender as ocorrências encaminhadas pelos conselheiros tutelares e verificar a real necessidade de encaminhamento para um abrigo.
Também foi discutida a abordagem que deve ser adotada quando a criança ou o adolescente apresentar condições especiais de saúde. Ficou estabelecido que, quando for o caso, deve ser feito o tratamento médico antes antes do acolhimento institucional.
A promotora de Justiça Antônia Lima, titular da 7ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, salientou a importância do encontro. “Enquanto rede, todos temos corresponsabilidade pelas crianças e adolescentes acolhidos na nossa cidade. O abrigo é temporário. Esses meninos e meninas precisam de convivência familiar e comunitária”, enalteceu.
Para a conselheira Marylene Nogueira Marques, do IV Conselho Tutelar (sede no bairro Vila Betânia), “encontros como esse deveriam ser mais frequentes”. Ela acrescentou que a troca de informações vai fortalecer o trabalho de todos os envolvidos.
Ao final, um novo encontro foi marcado para dia 12 de julho, às 09h, no auditório do 2º andar do Palácio da Justiça.