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PM acusado de crime de pistolagem será ouvido nesta quarta-feira pela 2ª Vara do Júri de Fortaleza

Ouvir: PM acusado de crime de pistolagem será ouvido nesta quarta-feira pela 2ª Vara do Júri de Fortaleza

O policial militar Jean Charles da Silva Libório, réu no processo que investiga a morte do empresário Francisco Francélio Holanda Filho, em 8 de julho de 2010, será ouvido nesta quarta-feira (10/08), pela 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza. A tomada de depoimento do acusado, que está detido no presídio de segurança máxima de Campo Grande, será realizada a partir das 9 horas.
De acordo com a ação judicial (nº 429243-30.2010.8.06.0001/0), o homicídio, praticado no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, na Aldeota, teria sido praticado a mando do iraniano Farhad Marvizi, que já prestou depoimento. Além dele, já foram ouvidos Charles Herberth Martins Pereira, Francisca Elieuda Lima Uchôa, Maykson Gleyston de Castro Jacó e os policiais militares José Carlos Araújo de Sousa e Adriano Façanha de Sousa.
Com o depoimento dos acusados, a fase de instrução será encerrada. Defesa e Ministério Público (MP) estadual devem apresentar os memoriais finais para que o juiz Henrique Jorge de Holanda Silveira decida pela pronúncia ou não dos envolvidos no crime.
A denúncia do MP, assinada pelas promotoras de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e Joseana França Pinto, afirma que, na noite de 8 de julho do ano passado, o carro dirigido pelo empresário foi interceptado por duas pessoas que estavam em uma moto. A dupla desferiu diversos tiros contra Francisco Francélio Holanda Filho.
Segundo os autos, a vítima que, assim como o iraniano, atuava no ramo de eletrônicos, estava auxiliando nas investigações sobre a forma como Farhad Marvizi importava produtos para o Ceará, vendendo-os a preços abaixo do praticado pelo mercado.
As informações obtidas por Francisco Francélio eram repassadas ao auditor fiscal José Jesus Ferreira, que em dezembro de 2008 sofreu tentativa de homicídio, supostamente cometida a mando do iraniano.
Ainda de acordo com o MP, Farhad Marvizi foi o autor intelectual da morte do empresário Francisco Francélio e contava com o apoio de Jean Charles Libório, que utilizava as funções oficiais para favorecer as práticas criminosas e contratava pistoleiros. A esposa, Francisca Elieuda, auxiliava no recrutamento de pessoas e no planejamento dos delitos, assim como José Carlos.
Ainda conforme o processo, Charles Herberth fazia a ligação entre o empresário e os demais denunciados. Maykson Gleyston estava à espera da vítima nas proximidades do estabelecimento comercial, no dia do crime, e Adriano Façanha foi responsável por apurar a rotina de Francisco Francélio.
Eles negaram as acusações. O iraniano alegou que as provas são frágeis e tendenciosas. Já o casal Jean Charles e Francisca Elieuda ressaltou que a denúncia do MP se baseia em especulações e em interceptações telefônicas que desobedecem as regras estabelecidas para isso.