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Juíza realiza audiência de processo que investiga morte de adolescente que defendeu mãe em assalto

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A juíza Marilêda Frota Angelim Timbó, titular da 14ª Vara Criminal de Fortaleza, realizou na tarde dessa terça-feira (15/09), audiência de instrução do processo que investiga a morte do adolescente Diego Tertulino Lima, que faleceu ao tentar proteger a mãe de um assalto. Foram ouvidos três policiais civis, três testemunhas de defesa e os réus Cristofer da Silva Marques, Flavyano de Sousa Silva e Tiago da Silva Ribeiro.
A juíza concluiu a instrução de acusação. Porém, a instrução da defesa dos acusados não foi encerrada porque aguarda resposta de uma carta precatória expedida para oitiva de testemunhas no Município de Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. A próxima audiência do caso está marcada para novembro.
O CASO
Consta nos autos (nº 0033302-53.2015.8.06.0001) que no dia 29 de março deste ano, por volta das 14h, na rua Paulo Setúbal, bairro Messejana, Cristofer e Flavyano praticaram latrocínio (roubo seguido de morte) contra Diego Tertulino Lima.
Na ocasião, a mãe de Diego tirava o veículo da garagem de casa, quando a dupla chegou ao local e anunciou o assalto. Cristofer ficou dentro de um carro e Flavyano desceu armado exigindo que a mulher saísse do veículo e entregasse a chave.
Diego saiu de dentro de casa e reagiu à ação, dando um soco em Flavyano, que caiu no chão. Em seguida, Flavyano efetuou disparos acertando o braço e a cabeça de Diego. O adolescente foi levado ao Instituto Dr. José Forta (IJF), mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Flavyano e Cristofer fugiram do local.
Uma testemunha presenciou o fato e anotou a placa do automóvel em que estavam os acusados. Cristofer foi encontrado no dia seguinte e preso em flagrante. Ao ser interrogado contou a participação de Flavyano, que também foi preso em flagrante após ser localizado em uma casa na Barra do Ceará, no dia 1º de abril. Os dois confessaram o crime. Flavyano disse ainda que entregou a arma do crime para um amigo, Tiago da Silva Ribeiro.
Tiago teve a prisão preventiva decretada no dia 11 de maio deste ano. Ele compareceu espontaneamente à delegacia e confessou a posse da arma. Cristofer e Flavyano respondem por latrocínio. Já Tiago responde por porte ilegal de arma de fogo.
A primeira audiência de instrução foi realizada em 13 de agosto deste ano, quando foram ouvidos uma testemunha de acusação, a mãe de Diego e um policial civil.