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Inquérito policial já está na Justiça

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23.03.2010 polícia
Os dois adultos envolvidos na morte da empresária foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte)
Já está na Justiça o inquérito policial que apurou a morte da empresária Marcela Montenegro, assassinada em uma tentativa de assalto no último dia 8, no cruzamento das ruas Zuca Aciolly e Bento Albuquerque, no Papicu. Depois de receber os últimos laudos periciais, o delegado Alízio da Justa, titular do 15º DP (Cidade 2000), enviou , na última quinta-feira, o documento ao Poder Judiciário.
“Estou com a minha consciência tranquila. Não tenho nenhuma dúvida da autoria do crime”, afirmou Justa. Ele indiciou pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), o eletricista Jacinto Cosme Alves Filho, o ´Buiú´, 21; e o pintor Francisco Leandro da Silva, 22, o ´Pica-Pau´. Os demais acusados, dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram ouvidos no inquérito, e estão sendo processados no Juizado da Infância.
Já a criança de 11 anos está em um abrigo, sob a tutela do Estado.
Segundo a Polícia, os cinco participaram diretamente da ação, cada um com um papel diferente no roubo.
De acordo com o delegado, as investigações, bem como as provas periciais e testemunhais, apontam ´Buiú´ como o autor do único disparo, que feriu fatalmente a empresária.
Inicialmente, um dos adolescentes teria confessado ter atirado na empresária, mas os exames residuográficos realizados na Coordenadoria de Criminalística (CC) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), “desmentiram” a versão inicial do garoto.
O resultado de exames residuográfico nos dois adolescentes foi negativo para disparo de arma de fogo, mas o de ´Buiú´ e de Leandro foi positivo. O segundo confessou ter atirado recentemente em outro assalto e ´Buiú´ negou que tivesse atirado, mas a Polícia não têm dúvida de que foi ele o homem que atirou em Marcela.
Colaboração
No dia seguinte ao fato, todos os envolvidos já estavam detidos. Para Alízio da Justa, a ação rápida da Polícia e a ajuda da comunidade próxima ao local do assalto colaborou muito para isso. “Nessas comunidades existem pessoas de bem e, logo depois do crime, elas começaram a ligar para a Polícia e dar informações sobre os suspeitos. Rapidamente eles foram sendo capturados, assim como a arma utilizada no crime”, revelou.
Durante as investigações, nove pessoas foram ouvidas e vários laudos periciais solicitados. “Pedi, inicialmente, os exames de parafina em todos os envolvidos, para confirmar quem havia atirado, e o laudo balístico, para comprovar que a arma apreendida nas diligências foi a mesma usada no crime.
EMERSON RODRIGUES – REPÓRTER