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Dia das Mães: Ser mãe é como se fosse sempre a primeira vez

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Na quinta matéria da série de reportagens em homenagem ao Dia das Mães, conversamos com a analista judiciária Cilene Santos, mãe de três filhos, um deles, de apenas nove meses. Ela destaca a importância de se firmar no mercado de trabalho, mas consciente da necessidade de acompanhá-los no dia a dia. Mãe vocacionada, ela afirma: “Nasci para ser mãe, gosto muito desse papel”
Cilene Santos não é mãe de primeira viagem, mas tem vivido os últimos dois meses como se fosse. Mãe de Raíssa, 20 anos, de João Victor, 13 anos, e de Caroline, de apenas nove meses de idade, esta é a primeira vez que Cilene se afasta de um filho antes dos dois anos e oito meses. “A Carol começou a frequentar a creche mais cedo que os outros dois irmãos, que só foram para a escola quando já estavam grandinhos, mas as coisas da vida nunca são iguais, não é?”, comenta.
A mudança na criação dos filhos se deu por um bom motivo: em outubro de 2014, Cilene soube da aprovação no concurso para analista judiciário do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), onde atua no Setor de Compras. “Eu gosto de trabalhar e eu preciso desse momento para mim, desse espaço. Quando eu estou em casa, o que predomina é a mãe, a esposa, a dona da casa e aqui é a Cilene que se sobressai mais. Eu gosto muito do trabalho, mas sinto falta de estar realmente presente”.
Apesar do desejo de ser mãe pela terceira vez, o sonho havia sido adiado para que ela pudesse se dedicar aos estudos. No entanto, um mês após ser aprovada no concurso, ela descobriu que estava grávida novamente. “Foram muitos presentes de uma vez. É como eu sempre digo: Deus sabia, sempre soube, que eu queria ser mãe de novo, e mesmo eu tendo desistido, Ele sabia que no meu íntimo era uma vontade muito grande que eu tinha e Ele mandou a Carolzinha. É uma felicidade imensa que supera essa distância da creche, supera tudo. Meus filhos são meus tesouros, são tudo para mim”, reconhece.
Com a conquista de uma vaga na Justiça estadual, Cilene espera ser um exemplo para os filhos. “Esse trabalho foi uma coisa que busquei muito e para os meninos é bom ter uma mãe que trabalhe, que buscou e conquistou seus objetivos. Eu acho muito sadio para eles ter uma mãe que sai de casa, que trabalha, que é exemplo de esforço”.
AMOR SEM MEDIDA
De acordo com Cilene, a preparação para o afastamento diário foi bastante planejada. Ainda durante a gravidez ela pesquisou em qual creche iria matricular o bebê. Quarenta dias após o nascimento, visitou uma instituição junto com Raíssa. Antes de retornar ao Tribunal, passou por uma semana de adaptação com Caroline.
Para Cilene os momentos mais difíceis são quando a bebê está doente, ou quando aprende algo novo, como sentar e engatinhar, e ela não está presente. “O que me dói é não poder estar ali com ela a todo momento, como eu estive com os outros dois. Talvez ela nem saiba, nem sinta. Talvez ela já esteja mais acostumada, talvez ela vá ser mais desenvolvida, mais desenrolada, mas eu acabo sofrendo muito por isso”.
A servidora afirma estar conseguido conciliar o trabalho com as responsabilidades de mãe. Para isso, conta com o apoio do marido e dos filhos mais velhos, que são padrinhos da caçula. “Todo mundo vive muito a Caroline, por isso as pessoas dizem que, quando tem um bebê em casa é ele quem manda, toma de conta de todo mundo. Ela é a alegria da casa. A gente respira, vive a Caroline. Se as coisas mudaram, foi tudo para melhor, é um presente enorme de Deus e todo mundo curte”, explica.
“Ser mãe é a tradução do que é o amor. Você ama e simplesmente ama, sem julgamento, sem medida. É uma coisa infinita. Amo meus filhos, tenho orgulho demais deles. Acho que eu nasci para ser mãe, gosto muito desse papel”, diz emocionada.