Desa. Sérgia Miranda destaca papel da mulher na magistratura ao saudar nova integrante do TJCE
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- 06-07-2012
A desembargadora Sérgia Maria Mendonça Miranda, representando os demais componentes do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), saudou a nova integrante da Corte, Maria Vilauba Fausto Lopes. A magistrada foi empossada, nesta sexta-feira (06/07), em solenidade conduzida pelo chefe do Judiciário estadual, desembargador José Arísio Lopes da Costa.
Sérgia Miranda iniciou o discurso prestando homenagem póstuma ao esposo de Maria Vilauba Fausto Lopes, falecido prematuramente. “Adriano era um homem que sentia orgulho da esposa, falava dela com amor, admiração e zelo, e foi a pessoa que mais a estimulou a enfrentar o concurso para Magistratura”.
A desembargadora destacou a coragem e a ética da nova integrante do TJCE, que é natural da cidade de Icó, distante 375 Km da Capital. “Essa mulher guerreira, que assume as mais elevadas atribuições no Judiciário cearense, é conhecida pela dignidade com que sempre empunhou a bandeira da magistratura brasileira”.
Com a promoção de Maria Vilauba Fausto Lopes, o Tribunal de Justiça passa a contar com oito mulheres, o que representa 18% do total de membros, que são 43. Sérgia Miranda afirmou que a magistrada chega em “momento especial” à Corte de Justiça. “Por um lado se avizinha o ocaso da atual administração, marcada pela valorização do servidor, a continuidade do processo de informatização do Judiciário e a implantação do Órgão Especial, dentre outras realizações. Por outro, o fato de recebermos mais uma mulher no pretório”.
PAPEL DA MULHER NA MAGISTRATURA
Na oportunidade, a desembargadora ressaltou o papel da mulher nas carreiras jurídicas. “A trajetória da mulher, em especial na Magistratura, tem o marco da conquista. A primeira a ascender ao cargo de juíza no Brasil foi a cearense Auri Moura Costa, em 1939. Somente em 2000, o Judiciário brasileiro recebeu, na Corte Suprema, a ministra Ellen Gracie”.
Sobre as qualidade essenciais do julgador, Sérgia Miranda lembrou as lições do desembargador Nelson Hungria. “O que lhe é necessário, antes de tudo, é o espírito de ponderação, o ritmo psíquico, o equilíbrio moral, numa palavra: o bom senso. Ter bom senso é a qualidade primacial e indeclinável do juiz”.
Por fim, elencou os elementos necessários à realização da missão do magistrado, que é a “capacidade de indignar-se perante a injustiça, de erguer a voz para espancar a indignidade, não permitindo jamais que o desfile da vaidade dê lugar aos abusos e às injustiças”.
PERFIL
Maria Vilauba Fausto Lopes assume como desembargadora após quase 25 anos dedicados à Justiça de 1º Grau. Ela ingressou na magistratura em 1987, como juíza substituta da Comarca de Tamboril. Depois, passou pelas
Comarcas de Baturité e Tauá. Em 1996, foi promovida para a 5ª Vara da Fazenda Pública de Fortaleza, onde permaneceu até junho deste ano, quando foi escolhida para atuar na Justiça de 2º Grau.