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Coordenadoria do TJCE promove evento em escola de Messejana no Dia Internacional da Mulher

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A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar promoveu, na manhã desta sexta-feira (08/03), uma série de ações na Escola Paulo Benevides, em Messejana. O evento, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, foi conduzido pela desembargadora Francisca Adelineide Viana, presidente da entidade.

A iniciativa fez parte do projeto de intervenção da Coordenadoria no referido bairro, que tem o maior índice de violência praticado contra a mulher em Fortaleza. A informação é do Observatório de Violência Contra a Mulher (Observem), da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Alunos de 12 escolas estaduais participaram do evento. A desembargadora lembrou a histórica luta feminina para conquistar espaço na sociedade e destacou os avanços conseguidos nos últimos tempos. “É perfeitamente possível conciliar força e sensibilidade. Hoje, muitas mulheres são as únicas responsáveis pelo sustento familiar”.

A magistrada afirmou que a Coordenadoria foi criada para pôr fim à violência doméstica. Disse, também, que o objetivo é mobilizar a sociedade local, esclarecer sobre o papel da Justiça no combate à causa e criar mecanismos de apoio, como cursos de qualificação profissional para inserir as vítimas no mercado de trabalho”.

A presidente ressaltou as atividades realizadas pela Central de Atendimento à Mulher, que atende pelo número 180 e tem importante papel no fornecimento de informações, recebimento de denúncias e encaminhamento de vítimas.

A desembargadora informou ainda que, na primeira sexta-feira de cada mês, haverá apresentação de peças teatrais com temas relacionados à violência doméstica, produzidas por alunos das escolas do bairro. Ao final do projeto, em novembro deste ano, os vencedores receberão premiação.

ORIENTAÇÃO

Antes da abertura oficial do evento, os alunos da Escola Paulo Benevides realizaram apresentação de música e receberam material informativo sobre a Lei Maria da Penha. Em seguida, a desembargadora Maria Adelineide Viana entregou a bandeira simbólica do projeto de intervenção no bairro a uma comissão de alunos do colégio.

A juíza Rosa Mendonça, titular do Juizado da Mulher, parabenizou o trabalho da Coordenadoria e lembrou que a violência é um problema da sociedade. “Por isso, a causa deve ser abraçada por todos”. A biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, cuja história dá nome à legislação (Lei Maria da Penha nº 11.340), disse estar feliz pela experiência pioneira no Brasil, que conseguiu, por meio da sua história particular, mobilizar a sociedade.

Para o aluno Henderson Ferreira, do 3º ano, a iniciativa é importante porque conscientiza a comunidade de que a violência doméstica é crime. A auxiliar de serviços gerais, Francisca Maria da Silva, afirmou que as mulheres se sentem mais protegidas com a lei porque elas podem denunciar o agressor.

O evento contou também com a participação da desembargadora do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Vera Lúcia Correia Lima; da coordenadora do Núcleo de Gênero Pró-Mulher, do Ministério Público do Ceará (MP/CE), procuradora de Justiça Maria Magnólia Barbosa da Silva; do promotor auxiliar do Juizado da Mulher, Aneílton Mendes de Sá; da defensora pública Elizabeth Chagas; da titular da Delegacia de Defesa da Mulher, Rena Gomes; da diretora do colégio Paulo Benevides, Norma Arruda, além de representante do Instituto Observem.

Também são parceiros no projeto o Instituto Maria da Penha, e as secretarias de Educação, de Segurança Pública e Defesa Social, e de Justiça e Cidadania do Estado.