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Cejai promove dia de lazer para mais de 100 crianças e adolescentes acolhidos em instituições

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Roda de capoeira, apresentações de teatro e pintura em gesso foram algumas das atividades promovidas pela Comissão Judiciária de Adoção Internacional (Cejai), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), durante manhã de lazer na Casa José de Alencar, em Fortaleza. A ação ocorreu nesta sexta-feira (20/10) e beneficiou cerca de 110 crianças e adolescentes de 11 instituições de acolhimento.
A programação começou com o grupo Capoeira Brasil, que levou arte marcial e alegria para os meninos e meninas. Logo em seguida, a peça “Monterices Lobatianas”, do “Bila-Bilu”, mexeu com imaginação das crianças. Depois houve apresentação do grupo “Bola de Sabão”, com músicas, brincadeiras e contação de histórias. As crianças também se divertiram com pitura em gesso, papel e até no rosto.
Já as adolescentes foram atraídas para o espaço onde eram oferecidos penteados e maquiagem. O estudante de Direito Vitor Miranda foi um dos voluntários. “A gente sempre tenta participar dessas ações. É incrível como elas precisam de tão pouco para sorrir, às vezes um abraço é suficiente. Saio daqui muito satisfeito”, afirmou.
Uma garota de 16 anos, do Abrigo Desembargador Olívio Câmara (Adoc), ficou satisfeita quando olhou o resultado no espelho. “Estou muito linda!”, disse. Prestes a ter bebê, uma adolescente de 17 anos, do Centro de Acolhimento II, foi outra beneficiada com a ação. “É muito bom sair, estar num lugar como esse, ao ar livre”. Os rapazes também se divertiram. “Seria bom se a gente pudesse fazer isso mais vezes”, falou um dos acolhidos pelo Renascer.
 

 
A assistente social Lina Patrício, da instituição Santa Gianna, onde atualmente vivem 21 meninos e meninas com idade entre 8 e 14 anos, ressaltou a importância da ação. “É uma oportunidade das crianças saírem da rotina, de poderem interagir com outras. Elas ficam muito felizes”.
A iniciativa é da Cejai (que tem à frente a desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes), em parceria com instituições que atuam na área da infância e juventude, e encerrou as atividades em homenagem ao Dia das Crianças, que este ano também divulgou o programa de apadrinhamento do Judiciário.
A microempresária Divoneide Teles, recém-habilitada para ser madrinha afetiva, aproveitou o evento para conhecer as crianças. “Não tenho mais filhos pequenos, minha filha já tem 21 anos, então vai ser muito bom pra mim. Acho que não dá trabalho, dá prazer, e espero levar essa ideia adiante para incentivar minhas amigas”, revelou.
O juiz Deusdeth Rodrigues, coordenador das Varas da Infância e Juventude da Capital, destacou que o Poder Judiciário tem se empenhado em promover ações de lazer para os acolhidos. Além disso, há esforço coletivo para divulgar o apadrinhamento, que garante a cada criança e adolescente afeto e atenção individualizada.
“A divulgação é o principal veículo para o sucesso desse projeto. Quanto mais pessoas tomarem conhecimento, melhor. Nós conhecemos muitas que querem ajudar as crianças de alguma forma, sem ter a obrigação de adotar, e não sabem como. Quando tomam conhecimento do programa de apadrinhamento, ficam entusiasmadas e interessadas em participar”, contou.
APADRINHAMENTO
Atualmente, em Fortaleza, existem 112 participantes no programa de apadrinhamento (afetivo, financeiro e prestação de serviço), regulamentado pela Resolução nº 13/2015, do Órgão Especial do TJCE, e sob a Coordenadoria de Processos Administrativos e Judiciais do Fórum Clóvis Beviláqua.
Afetivo
Incentiva a manutenção de vínculos, ampliando as oportunidades de convivência familiar e comunitária. O voluntário pode visitar o apadrinhado na unidade de acolhimento, levá-lo para passear, passar fins de semana, férias escolares (por período não superior a sete dias), entre outras ações.
Financeiro
A pessoa contribuiu economicamente para atender às necessidades do acolhido, sem criar necessariamente vínculos afetivos. Pode custear os estudos, atividades extracurriculares, tratamentos de saúde, além de presentear com livros, roupas e outros bens.
Prestação de serviço
É realizada por profissional liberal que poderá executar, junto às instituições de acolhimento, cursos direcionados ao público infantojuvenil, custear atividades diversas que garantam acesso à dignidade, além de colaborar com serviços inerentes às atividades de voluntário.