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Acusado de tramar morte do Pe. Francisco Veras Pacheco será julgado nesta terça

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A 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento, nesta terça-feira (01/12), às 14h, Raimundo Nonato Ferreira Arraes, acusado de ser o mandante do assassinato do padre Francisco Veras Pacheco, ocorrido em 2001. Os executores do crime, Sílvio César da Silva e José Aécio de Jesus dos Santos, já foram julgados e condenados a 13 anos de reclusão.
Segundo a denúncia do Ministério Público, baseada em inquérito policial, quatro anos antes do crime, o padre passou a apresentar Raimundo Nonato, que à época tinha 21 anos, como seu filho biológico.
Em 2000, o padre iniciou a construção de uma casa na rua Mirtes Cordeiro, no bairro Bom Jardim, onde pretendia morar na companhia de Raimundo Nonato. Durante as obras, os dois passaram a viver, provisoriamente, na residência de Aurilene Rodrigues de Assis, namorada de Raimundo Nonato, na mesma rua. O religioso estava afastado das atividades sacerdotais por motivo de saúde.
No dia 16 de outubro de 2001, por volta das 21h30, dois homens chegaram, em uma moto, na residência de Aurilene. O que estava na garupa, José Aécio dos Santos, entrou na casa, que estava com a porta aberta, e efetuou dois tiros à queima-roupa no padre Francisco Veras Pacheco, que faleceu na hora. Em seguida, José Aécio fugiu na moto conduzida pelo mototaxista Sílvio César da Silva. No momento do crime, Raimundo Nonato estava na residência, além de Aurilene Rodrigues e o pai dela.
Segundo o depoimento de testemunhas, o acusado teria ordenado a morte do padre com o objetivo de herdar o patrimônio, constituído de vários imóveis.
Raimundo Nonato teve sua prisão preventiva decretada em dezembro de 2001, mas esteve foragido até o dia 29 de dezembro de 2003, quando foi capturado no município de Balsas, no Maranhão. Atualmente, ele está detido no Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira ? IPPOO 2.
O julgamento será presidido pelo juiz titular da 3ª Vara do Júri, José de Castro Andrade, com a acusação sob a responsabilidade do promotor de Justiça Ricardo Machado e a defesa patrocinada pelo defensor público Emerson Castelo Branco.