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5ª Vara do Júri realiza audiência com acusados de integrar grupo de extermínio

Ouvir: 5ª Vara do Júri realiza audiência com acusados de integrar grupo de extermínio

A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua realiza nesta quinta-feira (14/01), às 14 horas, audiência pública para oitiva das testemunhas e interrogatório dos cinco acusados de participação no assassinato de Gilberto Soares Duarte. Os réus são suspeitos de envolvimento em um grupo de extermínio, que seria responsável por quatro homicídios, todos de pessoas ligadas à Madeireira São Francisco, localizada na Avenida Osório de Paiva, no bairro Siqueira.
Na audiência serão ouvidos os cinco acusados do crime: o policial militar, Pedro Cláudio Duarte Pena, vulgo ?Cabo Pena?; o empresário Firmino Teles de Menezes; Sílvio Pereira do Vale Silva, vulgo ?Pé de Pato?; Rogério do Carmo Abreu e Paulo César Lima de Sousa, conhecido como ?Paulão?. Além deles, serão ouvidas seis testemunhas de defesa, sendo três do ?Cabo Pena? e três de ?Paulão?.
Todos os réus são acusados de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por impossibilidade de defesa da vítima, formação de quadrilha, crime hediondo e concursos de pessoas e material.
Crime no Jóquei Clube
Consta nos autos que o assassinato de Gilberto Soares Duarte aconteceu no dia 25 de agosto de 2006, por volta das seis horas, na Avenida Carneiro de Mendonça, no bairro Jóquei Clube. Na ocasião, dois homens, que estavam em uma moto e usavam capacete, aproximaram-se da vítima e efetuaram vários disparos, fugindo em seguida.
Além da morte de Gilberto Soares, o grupo de extermínio também é apontado como responsável pelo assassinato de Antônio Tomé Filho, Carlos dos Santos Marques e Miguel Luiz Neto. Todas as vítimas eram ligadas à Madeireira São Francisco.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os crimes foram motivados por uma disputa judicial entre Firmino Teles e Reinaldo Marinho, proprietário da Madeireira São Francisco, por conta de uma sociedade desfeita. De acordo com o relato da acusação, a partir da discórdia gerada pelo contrato, ocorreram os quatro assassinatos.
Através de laudo pericial e da análise de conversas telefônicas, interceptadas com autorização judicial, o Ministério Público identificou a função de cada integrante do grupo: Firmino Teles seria o mandante, Sílvio Pereira e Rogério do Carmo, os responsáveis pela execução, ?Cabo Pena? o articulador e arquiteto dos crimes e Paulo César teria o domínio de todas as ações do grupo.
Atualmente todos os acusados estão presos, com exceção de Claudionor Ribeiro da Silva Alexandre, conhecido como ?Nono?, que está foragido. ?Cabo Pena? está no Presídio Militar do Ceará; Firmino Teles no Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes; Paulo César e Rogério do Carmo estão no Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II) e Sílvio Pereira no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS).